Saber do Outro
- GEPPC
- 22 de jul. de 2024
- 13 min de leitura
Saber do Outro
Locus museológico e ações de reconhecimento de alteridades
Por Luciano Chinda Doarte*
“É neste quadro que o encontro com a alteridade não só é uma possibilidade, mas também, infere-se, um benefício sociocultural. O museu desvela um mundo complexo, diferente, narrada e criado, mas também material e empírico.”
Operários, 1933, Tarsila do Amaral
Pintura em tela, acervo do Estado de São Paulo
No ano de 2023, a editora gaúcha Dubliense comprou os direitos autorais de Boulder, da escritora Eva Baltasar. Na prosa, a protagonista vive em um mundo como que inventado por si e para si mesma, trabalhando a bordo de um navio, com “solidão em uma cabine, o oceano, algumas paradas em portos para encontrar mulheres e horas para enfrentar o vazio e sentir a força da provisoriedade” (PUBLISHNEWS, 2023).
A personagem, após apaixonar-se por uma mulher, abandona sua vida talhada aos seus moldes para viver na Islândia, ao lado de sua amada, apesar de que “teme abrir mão da vida solitária que inventou para si” (OLIVEIRA, 2023). Aqui, nesse recorte, interessa a vontade de viver uma vida de si e para si, cuja após o laço para com outro sujeito no mundo, pode ser <<ameaçada>> em sua integridade, o que, por óbvio, seria, ao menos em partes, um processo desconfortável de resiliência e rearranjos.
Neste exemplo poético, as mudanças propostas, vistas e empreendidas na vida da personagem deturpam e incomodam (independentemente do quanto) a personagem que vivia “muito bem, obrigado” em seu desenho de mundo, sob sua própria sentença pessoal. Todavia, o mundo e o fato de vivermos em sociedade e não sozinhos nos toma de arroubo e há um incontornável na vida: especificamente as relações e a noção da existência da alteridade em outros corpos e experiências.
Assim como em “Operários”, pintado por Tarsila do Amaral, em 1933, com tantos rostos e tão diferentes entre si, compondo um mesmo grupo, um mesmo “povo” (o que quer que venha a ser o referencial para isso). São tantas alteridades em vínculo direto e indireto, quer se queira quer não queira, todos os dias, dividindo o espaço comum e a existência no mundo.
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O mundo contemporâneo, segundo estudos de diferentes áreas, está embebido e leva como que em patamar de regra um individualismo pelo qual os sujeitos veem a si como o centro de um mundo, o seu próprio, mas que, infere-se de saída, está vinculado diretamente ao mundo “do real” da sociedade, portanto, de muitas pessoas.
Nesses termos, os sujeitos encontram no mundo exterior a si uma supervalorização dos saberes de si mesmos e dos fazeres autoimpostos:
Desde a escola até ao mercado de trabalho, o individualismo e autonomia são extremamente valorizados nesses ambientes. Isso produz desconfiança, a insegurança diante do status, faz crescer a disputa entre os indivíduos em busca de ascensão social. Neste sentido surge também a necessidade de se criar um ambiente fictício em que as pessoas possam desfrutar de uma forma social mais acalentadora de vida, uma forma idealizada de vida comunitária (UEKITA, 2022: 6-7).
Nem todos os autores entoam uma visão pessimista sobre essas mudanças mais recentes, entendendo que este é um ganho coletivo, uma vez em que o mundo “do real” de uma sociedade passou a ser produzido e administrado a partir do “eu”, das vivências e experimentações pessoais. Partindo de qualquer concepção, cumpre lembrar que as tomadas de decisão e as ações subjetivas nos processos individuais e coletivos incorrem na elaboração identitária.
Um dos mais importantes factores para o desenvolvimento da identidade colectiva é, e tem sido, a comunicação. Se entendermos o conceito de identidade não como uma dada realidade mas como um processo em progressão, conseguiremos apreciar o importante papel da comunicação no cimentar daquele processo. Há dois tipos de construções da identidade que são aqui relevantes: a identidade individual entendida no sentido de si próprio enquanto indivíduo, dotado de certas características e potencialidades, e a identidade colectiva, entendida como o sentido de si próprio enquanto membro de um grupo social. Trata-se do sentido de pertença, da noção de fazer parte de uma colectividade (TUBELLA, 2006: 281).
Neste trabalhoso balanço de elaboração de si consigo e de si no mundo da sociedade, cabe a interferência cada vez mais automatizada do cenário global nas vidas, nos modos, nas peculiaridades e nas <<tradições>> (apesar de todo o peso sociopolítico da ideia) de pessoas e/ou pequenos grupos. Uma das visões recentes sobre isso é a de que esse mundo amplamente conectado e mantenedor da demanda de elaboração identitária gera desconfortos para os seres humanos, pela impossibilidade de se dar conta de tudo ao mesmo tempo.
Na busca de certa segurança inata para proteger sua individualidade, os sujeitos passam ao:
[…] querer da continuidade da auto-identidade da rotina, a continuidade da presença de indivíduos e o mesmo cenário na sua vida. Essa familiaridade e previsibilidade é tida pelo sociólogo como ferramenta de grande utilidade contra o medo do desconhecido (UEKITA, 2022: 12).
Claudia Garcia e Luciana Coutinho afirmam que há uma “evidente relevância clínica do sentimento de desamparo nos dias de hoje” (2004: 132), com base em estudos psicanalíticos. Para as pesquisadoras, há uma forte tendência recente de que os sujeitos sejam abarrotados de demandas destinadas socialmente ao indivíduo enquanto unidade irremediável ao mesmo tempo em que, também de forma incontornável, vive-se em coletividade. Nessa dificuldade de organização das experiências, repousa um desespero pelo desamparo no contingenciamento de elaboração sobre o mundo.
Sentir-se desamparado, nesta acepção, é ser confrontado traumaticamente com a impossibilidade de representar e organizar simbolicamente a experiência, e assim ter que suportar o que é da ordem do indizível, daquilo que não se consegue traduzir para o campo da linguagem, ou melhor, é dar-se conta da própria condição de assujeitamento ao Outro. Essa versão do desamparo mostra-se particularmente interessante na análise do campo subjetivo atual, no qual o excesso de informação e estimulação de vários tipos desestabiliza o sujeito e põe à prova sua capacidade de metabolizar e atribuir sentido à experiência cotidiana, exacerbando uma condição que lhe é inerente como ser falante (GARCIA; COUTINHO, 2004: 134).
Boa parte dessa sensação de falta de base sólida e de capacidade metabólica para tratar das obrigações impostas pela contemporaneidade está vinculada justamente à falta de controle ou de certezas sobre o mundo e as relações nele desenroladas. É como se os sujeitos em constante elaboração identitária individualizada recebessem ainda um aviso do tipo “o que agora é possível e certo, pode tão logo não mais ser”. Ou, como diz Alexandre Augusti:
Os valores se transformam e tornam obsoleto para hoje aquilo que valia ontem, da mesma forma que o futuro próximo pode desmerecer aquilo que valorizamos agora (AUGUSTI, 2005).
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Dado o desamparo e as cargas simbólicas cada vez mais desformes com as quais os sujeitos têm de se haver para a melhor performance de si mesmos todos os dias, uma outra percepção necessária é a do investimento quase que cego e absoluto do “eu” em “si”.
Uma vez “despertencido” ou sob a chibata da obrigação performática frente ao quase que vazio referencial do mundo em coletividade, é comum perceber, conforme a literatura aponta, um sublinhamento do sujeito para com ele, antes mesmo de pensar o coletivo, quando o faz. Nas palavras de Angela do Rosário:
Voltado para si, o mecanismo encontrado para a defesa contra o desamparo, em uma cultura amparada no individualismo, é a manifestação de um narcisismo exacerbado em que a reação onipotente pode ser uma resposta frente ao desamparo. […] Sendo impossível admirar o outro em sua diferença radical, uma vez que o sujeito não consegue descentrar-se de si, os laços sociais, recurso para a proteção contra o desamparo, são correspondentes ao tempo para a realização do gozo, denotando sua fragilidade na época atual (ROSÁRIO, 2019: 8; 9).
O ponto central dessa flagrante fragilidade é a irrealidade de uma crença individualista obcecada. Não se está, por óbvio, ignorando as potencialidades, as vontades e as possibilidades individuais dos sujeitos, incontornáveis para a elaboração identitária pessoal. Entretanto, uma opção violenta pelo individualismo a ponto de responsabilizar louros e fracassos a uma pessoa, ignorando as condições contextuais, beira não só uma alucinação, mas, também, uma alucinação maldosa.
Isto porque, no caso de irrealizações, os danos psicológicos são notadamente individualizados, como se as relações, as oportunidades, as ofertas de informações e contatos não influíssem nas experiências pessoais de todos nós, todos os dias.
Os mitos da meritocracia e do self-made passaram a habitar o imaginário social, apoiando vagarosa e enraizadamente a responsabilidade do sujeito pelo resultado, ignorando situações que possam estar em desacordo com o ideal por causa de questões sistêmicas. O empobrecimento e a minorização de grupos como mulheres, indígenas e negros no Brasil certamente não decorre da incompetência laboral ou intelectual destes sujeitos, senão do desenho sistêmicos das desigualdades colonialistas implantados como tecnologias mentais deste lado do mundo sob a violência do Velho Mundo.
Mais uma vez, não se quer impedir a elaboração das viabilidades individuais ao pensar nestes termos, mas, ao contrário, creditar ao mundo coletivizado e sistematizado razões pelas quais estas mesmas elaborações muitas vezes não se desenvolvem em sua plenitude. Isso afeta e é afetado, como comentado, especialmente pelo desamparo e pelo empenho narcísico atribuído pelas regras sistêmicas aos sujeitos.
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De modo até mesmo curioso, o tempo contemporâneo apresenta tanto uma dificuldade de dissolução do mundo social apesar das diferenças notáveis, quanto um tipo de despeito para com os interesses do outro, do diferente, como se o sujeito consigo fosse de alguma forma suficiente para si e para o [seu] mundo. Nas palavras de Gilles Lipovetsky:
Presentemente, a unidade social se perpetua menos na oposição frontal dos homens do que na neutralização dos conflitos, menos no antagonismo do que via pacificação individualista do debate coletivo. São os costumes democráticos que nos mantêm juntos, que são o cimento de nossa permanência. Embora as clivagens ideológicas e políticas continuem numerosas, não só elas não conseguem desintegrar o corpo social, como também não dão lugar senão excepcionalmente a confrontos sangrentos. Não estamos de acordo entre nós, mas não sacamos o fuzil, não procuramos fazer desaparecer o Outro. A coesão do todo coletivo é inseparável da extraordinária civilização do conflito, da pacificação das condutas individuais e coletivas ligada ao impulso dos valores individualistas de vida, de respeito e de indiferença pelo Outro, na privatização das existências impulsionada pelo reino terminal da moda. Mesmo o desemprego em massa e os atentados terroristas não chegam a abalar os comportamentos individuais e coletivos majoritariamente tolerantes e tranquilos. Podemos coexistir na heterogeneidade dos pontos de vista porque reina nos costumes um relativismo pacificador, porque tudo o que diz respeito à violência física se encontra visceralmente desqualificado (LIPOVETSKY, s.d.: 235, recurso digital).
Este “relativismo pacificador”, infere-se, aponta para certo conformismo com o desprezo para com a alteridade, dada a sociedade profundamente autocentrada no sujeito, sua identidade autodeclarada e seu individualismo. Ocorre que apesar do rosto calmo da pacificação das diferenças, o que pode se dar é exatamente um silenciamento sobre essas diferenças, independentemente de serem estas celebrativas de fazeres diversos ou formas de subalternizar pessoas e grupos.
Culturalmente falando, pode-se apontar um movimento de consolidação das temáticas identitárias, por vezes operadas por parte de grupos mais ou menos organizados, em detrimento de outros. Além da consolidação de grupos muito refinados e específicos no que diz respeito à objetivação das identidades, cria-se a sensação de que o mundo coletivo é construído a partir e depois dessas experiências identitárias.
Infere-se ainda, este pensamento pode incorrer no erro de perder no horizonte o fato de que as próprias objetivações identitárias só são possíveis e somente se consolidam exatamente no mundo social e, por isso, coletivo de alteridade. Não haveria motivo ou forma de que estes arranjos identitários se conformassem em um mundo que anteceda aquilo que exatamente os viabiliza: a existência em um campo de diferenças. Ou, mais uma vez, nas palavras de Lipovetsky, uma sociedade com “impulso dos valores individualistas de vida, de respeito e de indiferença pelo Outro” (idem, grifo meu).
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Neste contexto, como inserem-se os museus, portanto? De saída, cabe sublinhar que os museus, como já apontei em outra ocasião (DOARTE, 2023), são especialistas em subtrair do mundo “do real” as narrativas e as materialidades e colocá-las como que cristalizadas em vitrines, textos e formas. Boa parte dos trabalhos destas entidades passa pelo cuidadoso e frio estudo científico das coisas do calor do mundo de todos os dias, inoperando e governando os bens sociais a seu gosto.
Aqui, tensionam-se ainda mais as palavras de Glória Kok:
No entanto, é preciso frisar que um objeto etnográfico [ou qualquer outro retirado do mundo “do real” pelos e/ou para os museus] carrega um feixe de significados para a sociedade que o produziu diverso daquele engendrado pelos colecionadores e coletores [os formadores de acervos em sentido privado ou coletivo] (KOK, 2018: 3).
Colocado nos museus, os objetos, as coisas, as miudezas e as grandes conquistas ganham um patamar elevado no mundo entendido como da história, das artes, do belo, do passado. Uma entidade museológica, quanto mais amplo for seu alcance temático, passa a formar um acervo e, consequentemente, trabalhar com assuntos também amplos e muito, muito diversos. De mobilidade pública à industrialização, da educação às Forças Armadas, da numismática aos meios de comunicação. Qualquer assunto envolvente de sua gente imediata e mais distante passa a figurar na cartela de saberes de um museu.
Tradicionalmente, o modelo moderno de museu atuou retroalimentando um sistema de hierarquização racial, social e cultural, apresentando as diferentes narrativas de um grande grupo humano como “diferentes” a partir de um referencial de ideal: o mundo eurocentrado, branco, cristão católico, masculino, entre outras características.
Paulatinamente, tanto por adequação ao espírito dos tempos quanto por pressão da população e dos grupos identitários que se fizeram representar no meio social, estas instituições adotaram posicionamentos que até mesmo atingiram um patamar ético. Este papel é o de atuar e representar histórias e visualidades muito além da eurocentrada, com novas perspectivas e potencialidades.
A fala sobre um “outro” passou (ou deve passar, tanto quanto possível) a ser a fala do “outro” sobre si mesmo em um espaço comum a todos os “diferentes”: o próprio museu. Assim sendo, tanto <<melhor>> é o trabalho museal contemporâneo quanto sua possibilidade e sua atuação direcionada exatamente à demonstração da diferença, das alteridades do meio social, a partir da autorrepresentação.
Não se está aqui, neste caso, colocando em voga esse mecanismo ao qual, por certo, cabem reflexões, elogios e críticas. O que se quer sublinhar é exatamente a proliferação de temáticas cada vez mais diversas sobre um mesmo espaço social e geográfico (como uma cidade) em uma instituição antes costumeiramente excessivamente colonial e criadora de estigmas e não de representações culturais.
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Por fim, o que se pretende provocar no campo do pensamento sobre a cultura e os museus é detidamente o papel destas entidades em, de fato, por vezes, incomodarem e desconcertarem o individualismo de um comportamento autocentrado ou demasiadamente alusivo a uma bolha sociocultural específica.
Por isso mesmo os museus podem gerar incômodos em seus visitantes, um incômodo ao não se ver, um incômodo ao tomar consciência de algo que por vezes é totalmente sobre um “outro” e não sobre quem visita. Estas reclamações, quando acontecem, normalmente são originadas no seio de grupos sociais que tinham no museu tradicional um lugar de conforto, autoafirmação e quase que a extensão de seu espaço privado.
Algumas decisões e alguns assuntos incomodam ainda o Brasil e sua sociedade do século XXI. Exposições, pesquisas e publicações sobre temas afrobrasileiros e LGBTQIAPN+, por exemplo, costumam receber um ou outro apontamento como que os desabonando de dignidade de representação ou, ao menos, uma crítica de que outro tema ou outro recorte histórico ou artístico talvez fosse mais interessante. Isso, de saída, demonstra o entendimento popular de que o museu é um espaço de conflito entre as memórias, dado que todas as cargas memoriais concorrem pelo espaço, pela atenção e pela própria exposição.
Outro incômodo ainda comum é o gerado pelo fato de que cada vez menos museus expõem objetos doados à entidade acompanhados pelo nome da pessoa que fez a doação. E, infere-se, incomoda-se com isso a pessoa que se quer ver representada na história e na arte de um grupo humano. Não que tenha feito a doação pensando na contribuição com o todo. Quer-se registrar no templo do registro cultural de todos: no museu. E o não atendimento desta vontade individual fere as pretensões gerando frustração.
Ocorre que os museus podem ser excelentes lugares para se encontrar o “outro”, sobre ele mesmo e não em comparação, necessariamente. Isso ajuda a se perceber como um sujeito em um mundo, que é diverso, que é político, que é social e, por isso, não sobre um “eu” autocentrado e universal. O mundo é, portanto, sobre muitos “eus”, movimento interpretativo este que possibilita uma distensão do individualismo das identidades culturais e a provocação constante de que estamos em um mundo com muitos outros.
Em palavras mais objetivas: os museus ajudam um sujeito a perceber que o mundo é sobre muitos sujeitos e não sobre o umbigo dele mesmo. Museu é lugar de encontrar algo que não é sobre mim, talvez. Não é sobre a música, a visualidade, a experimentação de mundo que “eu” tenho. E não porque a entidade trabalha em sentido universal. Ao contrário: exatamente porque ela por vezes trabalha – e ainda bem por isso – em favor de um “eu” específico que não é o “meu”.
É neste quadro que o encontro com a alteridade não só é uma possibilidade, mas também, infere-se, um benefício sociocultural. O museu desvela um mundo complexo, diferente, narrada e criado, mas também material e empírico. O museu dá um tom de “sujeitos no mundo” para todos, inclusive para os sujeitos que pensam ter em si a régua universal por meio da qual todas as vidas são aferidas.
Isso não deve perder de vista o fato de que a sociedade – ou grupos que fazem parte dela – nem sempre está disposta ao encontro com a alteridade, podendo gerar, como vimos muitas vezes no Brasil e no mundo, enfrentamentos, desconfortos e violências diversas. Em todo caso, deve, sim, o museu ser o lugar desse encontro e dessa experimentação social, sempre que possível, forçando os limites tácitos de seu contexto buscando ampliar a dignidade cultural.
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* Luciano Chinda Doarte é historiador, professor e um dos coordenadores do Grupo de Estudos e Pesquisa em Patrimônio Cultural (GEPPC). Atualmente é Diretor do Museu Municipal Atílio Rocco, em São José dos Pinhais/PR.
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REFERÊNCIAS
AUGUSTI, Alexandre Rossato. A Cultura do Individualismo na Sociedade Contemporânea e a Formação das Identidades. Revista F@ro, n.º 2, Valparaiso, 2005. Disponível em <http://web.upla.cl/revistafaro/n2/02_rossato.htm>. Acesso em 16 jul. 2024.
DOARTE, Luciano Chinda. A Identidade Cultural Afro-brasileira no Museu Municipal Atílio Rocco: um estudo sobre mudanças narrativas e propostas curatoriais (2010-2020). Dissertação (Mestrado em História), Programa de Pós-Graduação em História, Setor de Ciências Humanas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2023.
GARCIA, Claudia Amorim; COUTINHO, Luciana Gageiro. Os Novos Rumos do Individualismo e o Desamparo do Sujeito Contemporâneo. Psychê, Ano VIII, n.º 13, São Paulo, 2004. P. 125-140.
KOK, Glória. A Fabricação da Alteridade nos Museus da América Latina: representações ameríndias e circulação dos objetos etnográficos do século XIX ao XXI. Anais do Museu Paulista, São Paulo, Nova Série, vol. 26, 2018, p. 1-30. Disponível em < https://www.scielo.br/j/anaismp/a/bqm45jwxRkHspfFcgYSsxfG/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em 18 jul. 2024.
LIPOVETSKY, Gilles. O Império do Efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. São Paulo: Companhia das Letras, s.d., recurso digital.
OLIVEIRA, Alysson. O amor nos tempos do individualismo. Carta Capital, 11 jul. 2024. Disponível em <https://www.cartacapital.com.br/cultura/o-amor-nos-tempos-do-individualismo/>. Acesso em 16 jul. 2024.
PUBLISHNEWS. Dublinense adquire os direitos de ‘Boulder’, de Eva Baltasar. Redação PublishNews, 25 mai. 2023. Disponível em <https://www.publishnews.com.br/materias/2023/05/25/dublinense-adquire-os-direitos-de-boulder-de-eva-baltasar>. Acesso em 16 jul. 2024.
ROSÁRIO, Angela Bucciano de. Individualismo Contemporâneo e Novos Arranjos Subjetivos na Perspectiva da Psicanálise. Analytica, São João del-Rei, v. 8, n. 14, janeiro/junho 2019. P. 1-15.
TUBELLA, Imma. Televisão e Internet na Construção da Identidade. In: CASTELLS, Manuel; CARDOSO, Gustavo. A Sociedade em Rede: do conhecimento à acção política. Imprensa Nacional – Casa da Moeda: Lisboa, 2006. P. 281-290.
UEKITA, Heloisa Yumi. Individualismo e Desengajamento na Contemporaneidade: o mercado da solidão no meio virtual. Trabalho de Conclusão de Curso, Licenciatura em Ciências Sociais, Universidade Federal de Uberlândia. 2024. Disponível em <https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/34816/1/IndividualismoDesengajamentoContemporaneidade.pdf>. Acesso em 16 jul. 2024.
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